quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O QUE SERÁ O FUTURO DEPOIS DA PANDEMIA?

      São tantas incerteza a ver depois da pandemia. A primeira constatação sobre o que vem por aí depois da pandemia é simples, não dá para saber. São tantas as variáveis em jogo que qualquer previsão será frustrada. A única certeza é a mudança. Não apenas nos hábitos e nada tão certo quanto as mudanças de hábitos. O que a bíblia diz: “E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores”. Assim como nos acostumamos ao cinto de segurança ou a gastar menos energia depois do apagão, é possível imaginar um mundo em que persistam o sabão, o álcool em gel e o “distanciamento social”. Menos apertos de mão e beijinhos no rosto. Várias guerras eclodiram nos últimos anos, eventos como a derrubada do regime talibã no Afeganistão, o conflito entre a Índia e o Paquistão, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a guerra cada vez mais intensa entre Israel e a Palestina. Pestes, incêndios, inundações e terremotos também são vistos por toda a parte. Entre eles destaca-se o “novo coronavírus”, que eclodiu em Wuhan, China em 2019 e, desde então, se espalhou pelo mundo. Também houve graves incêndios florestais na Austrália em setembro de 2019, enquanto uma grande praga de gafanhotos assolou a África Oriental, do outro lado do planeta, com muitos países agora enfrentando a fome. Em janeiro de 2020, a Indonésia sofreu uma enchente e a Terra Nova, no Canadá, foi atingida pela maior tempestade de neve em um século. Ocorreram terremotos em Elazig, na Turquia, no sul de Cuba no Caribe e em outros lugares. Esses sinais mostram que essa profecia foi cumprida.

      Temos que nos acostumar com mudança humanas de comportamentais. Menos eventos irrelevantes, menos viagens de avião desnecessárias ou reuniões inúteis. Falando  em economias anuais na casa do trilhão de dólares só com isso. Escritórios com pelo menos metade do tamanho atual. Mais gente trabalhando em casa, para a nossa alegria. São novos hábitos que se persistirem no mundo corporativo, deverá haver um salto enorme nas questões como família, igreja, e comunidades. As mudanças poderão se estender a outros aspectos da sociedade.

     Talvez haja mais espírito cívico, mais voluntário a ajudar idosos ou grupos ameaçados pelas novas ondas do vírus. Maior respeito por quem trabalha no serviço público ou pelos profissionais de saúde, heróis indiscutíveis no combate à pandemia. Poderemos, numa visão otimista, rumar para um mundo em que a ameaça comum do vírus acabe por gerar mais união em vez de divisão.

       A principal razão para o otimismo é que, embora venha sendo comparada a guerras ou às crises financeiras do passado recente, a pandemia tem um impacto de outra natureza. Mexe diretamente com a saúde e a vida.

      “É uma dúzia de crises emaranhadas numa só, e todas se desenrolam imediatamente, de modo inescapável. Políticos ficam infectados. Celebridades ricas ficam infectadas. Amigos e parentes ficam infectados. Podemos não estar exatamente ‘todos juntos nessa’ — como sempre, os pobres sofrem mais —, mas essa é uma sensação mais real do que jamais foi depois de 2008.” Talvez, disse Baker, possamos ver nossos problemas como comuns, e a sociedade como mais do que “uma massa de indivíduos competindo uns contra os outros por riqueza e status”.

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